Aos meus heróis...

"Eu também gosto de dançar o pancadão, mas é saudável te dar outra opção.

Os meus heróis estão calados nessa hora, pois já fizeram e escreveram a sua história..."

Brasil, mostra a tua cara!

Inveja.

Estive um tempo trabalhando meu amor-próprio e obtive alguns resultados.
É como uma pesquisa para a escola, onde você ouve depoimentos, colhe informações, reflete sobre o assunto, lê, pesquisa, e no final escreve suas conclusões. Então, aqui vai minha "pesquisa" da vida:

Fontes utilizadas:
1) (Poucos) Amigos verdadeiros. Aqueles que tentam te colocar pra cima e não faltam com a verdade nunca. E um namorado incrivelmente perfeito com quem convivo há 2 anos e pretendo passar o resto dos meus dias.
2) Textos. Um deles foi este do blog 'Parecer': http://devaneios-online.blogspot.com/2010/02/sobre-ratos-e-carrocas-vazias.html
3) A minha própria força de vontade e determinação.

Conclusões:
1) Quando você se propõe a fazer algo novo, algo que ainda não saiba e que requer treinamento e tempo para se aprender, logo aparecem pessoas querendo te por para baixo. Pessoas frustradas, complexadas e maldosas. E na maioria das vezes, repare, são pessoas que tem vontade de fazer aquilo que você luta tanto pra conseguir. Vamos utilizar o exemplo de um instrumento: Se você decide tocar violão e começa a se dedicar extremamente a isso, aqueles "feras" da música que você conhece (a maioria deles) vão te ajudar munidos de toda boa vontade, até mesmo sem você pedir. Já aqueles que não sabem nem segurar o violão (sim, existem essas pessoas), na maioria das vezes, vão tentar te por pra baixo. Te diminuindo e as vezes até te fazendo desacreditar da sua própria capacidade.
E isso se deve a um único fator: A INVEJA!

2) Quando você é bom em muitas coisas, logo aparecem almas maldosas tentando te tornar descrente em você mesmo. Exemplo: se você canta bem, toca bem, escreve bem, dança bem, etc., não estará livre da inveja alheia.
Alguns, além de tentar acabar com sua auto-estima, tentam roubar aquilo que você conquista por mérito. Muitas pessoas são frustradas por ainda não terem descoberto sua vocação e, por isso, tentam ser o que os outros são. Elas forçam e, mesmo sabendo que não são boas naquilo, tentam fazer, simplesmente porque VOCÊ FAZ!
E isso se deve a um único fator: A INVEJA!

3) O pior de tudo nessa história e que muitas vezes os tais invejosos acabam conseguindo o que querem. Jogam sua auto-estima no chão, destroem seu amor-próprio, te fazem acreditar que você não é capaz, pintam uma falsa alegria no rosto e te obrigam a crer que você é um lixo e eles são os "fodões" da parada. E o porque da falsa alegria? Porque na verdade, e nem é la fundo, eles são infelizes. São pessoas complexadas, amarguradas, frustradas... E eles são tão isso que precisam fazer com que os outros se sintam iguais para que consigam alegria, mesmo que momentânea.

O invejoso se apoia no sofrimento do seu invejado para ser feliz. Felicidade falsa. Maldita. Porque feliz mesmo é aquele que vive a sua vida sem desejar mal a ninguém, lutando pelos seus sonhos, sem precisar se apoiar em alguém.  

E para terminar, um trecho do texto que citei acima, do blog 'Parecer':

"Quem achar que com palavras e injúrias pode destruir os sonhos dos outros, está fadado ao fracasso e à solidão. Se alguém o ameaçar destruir por inveja, calúnias, dizerem mal só por prazer, voem mais alto! Se os criticarem, voem mais alto! Se lhes fizerem injustiças e más crenças, voem mais alto! Se a incompetência de alguém, os atacar, voem mais alto! Tudo o que quiserem lhes fazer de mal, só por serem maldosos, voem mais alto! Tenham sempre em mente que ratos nunca conseguem resistir à grandes alturas. E, mais que isso, como disse Paulo Tatit: todo rato prefere o escuro e lambe restos!" (Camilla Rabelo, blog 'Parecer' - visite o link no início do texto).

Beijos e espero que me perdoem pelo sumiço.

Olhos da alma.

Olho para dentro e não vejo nada.

Não enxergo algo que possa interessar aos olhos que não são meus.

E sei que é isso que faz com que eles não me vejam.

Talvez, até me vejam, mas não o lado bom de mim.

Só o ruim.

Ou sou eu que não vejo as virtudes que me foram dadas pelo Criador?

Talvez.

Amor-próprio.

É isso!

É isso que tenho em falta.

"Amai ao próximo como a ti mesmo!"

Então não amarei ninguém.

Chove muito, e de você, nem uma gota!

A gente sabe!

Sim, a gente sempre sabe quando uma coisa está chegando - ou já chegou - ao fim.

E não chegou!

É triste quando a gente põe uma vírgula (sim, uma vírgula, porque um ponto final seria impossível com a gente. É o amor!) numa história de amor que a gente sabe que não chegou ao fim.

Porque é que o ser humano é assim?

A gente sofre porque quer sofrer! Sem motivos...

Plantamos dor dentro de nós mesmo. Procuramos chifre em cabeça de cavalo.

E para quê?

Por que sofrer, chorar e separar se a gente pode sorrir, amar e ficar juntos?!

Por que é que somos tão complicados?

Se queremos sim, dizemos não! E vice-versa.

Mas também não vou dizer que foi de graça. Não foi.

Temos nossos motivos. Bobos, mas temos.

Mas o que é que se deve pensar numa hora dessas?

O que fazer? Tentar resolver pela zilhonésima vez ou dar tempo pra colocar a cabeça no lugar?

Resolver sozinho ou acompanhado (de outras pessoas sem ser você)?

Resolver sozinhos ou juntos (nós dois)?

Não sabemos...

Então, assim, sem sabedoria nenhuma, decidimos ir cada um para um lado. Pelo menos por enquanto.

(E a gente sabe que essa lonjura não dura muito. Não vai durar. Aliás, todo mundo sabe!)

É o velho amor ainda e sempre! ♪

"O amor só é lindo quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser!" (Mário Quintana)

Nesse momento quero te dizer uma única coisa, amado: OBRIGADA!!!

Obrigada por estar sempre me apoiando. Obrigada por me mostrar o melhor caminho, por perdoar e esquecer meus erros. Obrigada por me ensinar sempre a ser uma pessoa melhor. Obrigada por, mesmo sabendo que é besteira, me abraçar e consolar quando insisto em fazer beicinho e dizer que deu tudo errado quando tudo deu certo, só pra ter seu carinho.

Aliás, não preciso disso pra ter seu carinho, sua atenção, seu amor... Não mesmo!!!

Você me faz completa, sem eu precisar pedir. Você lê meus pensamentos (ah, sim, você lê!).

É como diz a graaaaande roqueira: "Até parece que você já tinha o meu manual de instruções, porque você decifra os meus sonhos!"

Quero dizer também que o seu abraço, pra mim, é um refúgio. E que as nossas mãos se encaixam perfeitamente, do jeito que eu sonhei. Aliás, falando em sonhar, sabe o namorado dos sonhos? Então, você não chega nem perto dele! Você é muuuuito melhor que ele!!!

"Você é algo assim, é tudo pra mim, é como eu sonhava, beiber!" (Muito mais que isso!)

E se um dia você prometeu que me faria a mulher mais feliz desse mundo, VOCÊ CONSEGUIU!

Tenho muuuuito mais a dizer. Palavras que não caberiam nesta página ou que só cabem entre nós dois. Então, quero te mostrar a cada dia o quanto sou grata por tudo o que sempre fez por mim. Por isso, vou ficando por aqui e te dando meu amor, carinho e dedicação. Sempre!

E só mais uma coisa:

EU TE AMO.

Paz.

"Alheia a isso, a maioria continua exaltando o luxo e a propriedade privada. Esquece que caixão não tem gaveta e que dessa passagem, a aprendizagem é a única bagagem levada."

[Panorama - Forfun]

Um viva à valorização das pequenas-grandes coisas da vida!!!

O homem da TV nos diz o que fazer!

Acordei um dia desses, me olhei no espelho e disse: "Preciso emagrecer!"

Parei, refleti e então disse: "Por que?"

Porque a mídia impõe parâmetros que são seguidos por muita gente. Porque essas mesmas pessoas são levadas por opiniões alheias, sim!

Vestido curto, tecido florido, acessório de cabelo, cores flúor, cabelo liso... corpo magro. A mídia está cheia de 'modinhas' prontas para serem seguidas... pelas Marias-vão-com-as-outras? Pelas pessoas mais descoladas? Ou por aqueles que não tem persolidade? E então, é certo ou errado 'o homem da TV nos dizer o que fazer'? Fiquei pensando nisso. Decidimos emagrecer por não nos sentirmos bem com as gordurinhas a mais. Mas por que sentimos essa raiva dos pobres quilinhos? Porque a mídia impõe parâmetros que são seguidos por muita gente.

Cabelo liso, de acordo com a mídia, sempre foi mais bonito, mais charmoso, mais sexy, mais, mais e mais... E agora uma caravana de mulheres sai de Estados de todo o Brasil rumo ao salão de beleza das celebridades para ficar com o cabelo da moda: cabelo cacheado! Por que? Porque a protagonista da novela das 20:00 que passa às 21:00, na Rede Globo, uma modelo famosa interpretada pela atriz Thaís Araújo tem os benditos cachinhos. Então quer dizer que agora o cabelo mais bonito, mais charmoso, mais sexy, mais, mais e mais é o cacheado? Atá! E eu pergunto: Por que? Porque a mídia impõe parâmetros que são seguidos por muita gente.

E será que usar as roupas, as cores, as sandálias, a maquiagem e até o cabelo da moda é falta de personalidade? E as 'modinhas' não se limitam apenas àquilo que podemos comprar. Não, não! Muita gente muda o jeito de falar, de andar, de viver e até de pensar por causa de uma pessoa que nem existe. Um personagem de novela.

Mas, enfim, o homem da TV nos diz o que fazer. Porque a mídia impõe parâmetros que são seguidos por muita gente...

E se cabelo cacheado é poderoso agora, eu tô na moda, benhê!

A TV manipula?!

"Esse é o único papel

que a mídia reserva

para quem não faz gol

e muitos menos forma opiniões."

(Jô de Almeida)

PS.: se for copiar, credite, por favor!

"Eu acredito em você..."

"Mas se eu não te encontrar amanhã, que você possa fazer uma boa apresentação. Seja corajosa sempre na sua vida. Porque quando a dificuldade vem a gente sempre pensa que somos incapazes de conseguir. Mas não é verdade! É que a gente já está tão acostumado a desistir que acabamos nem tentando. Mas, eu sei que você não vai desistir. Você vai vencer seu medo, vai fazer uma boa apresentação e vai ser aplaudida de pé por todos que estiverem naquele lugar. Eu acredito em você, minha futura esposa!

Eu te amo!"

Sem você eu não sou nada, meu amado! Essas foram as palavras mais belas dos últimos meses. Muito, muito, muito obrigada por tudo.

[...] Mas tudo que tiver para lhe dizer, direi olhando em seus olhos. Essa, acredito, é a melhor forma de agradecimento.

E eu também te amo. Sempre. Para sempre.

Música: um bem necessário.

Cada vez mais aparecem novos estilos musicais. Em meio à tanta varidade e possibilidades de escolha encontramos os mais variados estilos de vestir, falar, pensar e agir. Somos muito influenciados por nossos gostos musicais, fato.

Rock, samba, MPB e funk estão estre os preferidos. O engraçado é que mesmo em meio ao nosso gênero preferido temos certas preferência. A consciência musical é muito, muito seletiva. E exigente (de acordo com as preferências de cada um).

Mas por que isso acontece? Por que alguns fãs são loucos pela Lady Gaga e outros a abominam? Por que algumas pessoas não tiram Fairy Tale (do Shaman) de seus ipods enquanto outras não se cansam de ouvir Calypso? A neurocientista Suzana Herculano-Houzel explica em uma matéria feita para o Fantástico: http://www.youtube.com/watch?v=n79TcTTzXhU

Mas isso é realmente engraçado: cada música traz um emoção diferente de acordo com a letra e melodia. Mas também traz emoções diferenciadas para cada pessoa. Tristeza, saudade, alegria, desânimo, animação, motivação... Essas são algumas das emoções produzidas ao ouvir uma música. Ah, e isso varia muuuuito! As músicas podem trazer sentimentos variados de acordo com a ocasião em que a ouvimos ou simplesmente por causa da letra ou melodia.

Uma viagem inesquecível, o término (ou início) de um namoro que marcou, uma decisão que fez toda a diferença, entre outros. Essas são só algumas das situações que podem ter sido marcadas por causa de uma música. Ou o contrário: uma música pode ter ficado guardada na memória pra sempre por causa de determinado acontecimento. Eu, por exemplo, tenho muuuitas músicas que me trazem lembranças de viagens - ou momentos - i-nes-que-cí-veis.

A idade do céu (Paulinho Moska) e O vento (Los Hermanos) - viagem à Aimorés (Minas Gerais);

Não há (Seu Cuca) - viagem à Venda Nova do Imigrante (Espírito Santo) com tooodos os BFF'S.

São algumas das que mais marcaram. Entre tantas outras...

Bem, já que estamos falando de música (meu bem maior), trouxe aqui um playlist das músicas que estou ouvindo ultimamente (e algumas que são minhas queridas há muuuuito tempo). Ah, as músicas estarão identificadas com seus intérpretes e não compositores, a não ser que estes sejam os mesmos:

Bottle it up - Sara Bareilles;

I'm your - Jason Mraz;

All star - Cássia Eller;

Seis e trinta - Jota Quest;

Fairy Tale - Shaman;

Viva la vida - Coldplay;

Carry you home - James Blunt;

Udora - Pelo menos hoje;

Disco rock - Papas da Língua;

Blame - Tiago Iorc;

Lovegame - Lady Gaga;

Just Dance - Lady Gaga;
Poker Face - Lady Gaga;

Tudo Certo - Gabriel O pensador;

No Veneno - Strike;

Never Gonna Bee Alone - Nickelback;

The Climb - Miley Cyrus;

Start All Over - Miley Cyrus;

Party in the USA - Miley Cyrus;

Goodbyes - Miley Cyrus;

Ana e o mar - O Teatro Mágico;

Flor - Fused;

Tudo Certo - Thaeme Mariôto;

Peito Aberto - Kid Abelha;

Trouble - Coldplay;

Sparks - Coldplay;

In My Place - Coldplay;

Beautiful World - Coldplay;

Por Onde Andei - Nando Reis;

O Que Eu Também Não Entendo - Jota Quest;

Decode - Paramore;

Te Amo Pra Sempre - Kid Abelha;

Dezesseis - Legião Urbana;

Eu Tô Tentando - Kid Abelha;

Há tempos - Legião Urbana;

Conspiração Insternacional - Leoni;

Quando Você Voltar - Legião Urbana;

Faroeste Cabloco - Legião Urbana;

Hoje A Noite Não Tem Lua - Legião;

Geração Coca-Cola - Legião;

Por Que Não Eu - Leoni;

Temporada Das Flores - Leoni;

Por Que Eu Não Desisto De Você - Kid Abelha;

Mad - Ne-Yo

Índios - Legião;

Mais Uma Vez - Legião;

Por Enquanto - Cássia Eller;

Tempo Perdido - Legião;

With Arms Wide Open - Creed;

Passos Escuros - Hevo84;

Amar é... - Roupa Nova;

Quero Te Ver Bem - Udora.

Tá bom, já parei. Se eu for escrever aqui todas as músicas que eu amo precisaria de uns 100 posts.

Pois é, como deu pra perceber eu sou com-ple-ta-men-te eclética. E mais: a música faz parte da minha vida e sempre será assim. E de uma coisa eu tenho certeza: cada vez mais músicas vão me inspirar... a escrever, a cantar, a tocar, a lutar, a chorar, a ler, a sorrir... a viver!

Ah, e pra aproveitar a oportunidade vou divulgar mais um dos meus vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=YFhzXCUaM1M&feature=related

Beijo grande,

Tati.

Uma conversa inusitada. Uma reflexão.

Entrei no ônibus rumo a mais um dia interminável e torturante de escola. Não que eu não goste de estudar (na verdade, eu até gosto), mas é que os problemas da vida nos fazem querer ficar em casa, sozinhos, pensando... sofrendo. Sentei na primeira cadeira vazia que encontrei. Lá estava ela. Uma menina cor de jambo, cabelos pretos presos em uma trança, cílios marcantes e enormes e um semblante malvado. Ela aparentava ter uns 10 anos de idade. Segurava firme a sua mochila e mantinha um olhar penetrante na paisagem fora da janela do ônibus. Após sentar, peguei dentro da mochila um vidrinho de álcool em gel e espalhei pelas mãos (é, com essa gripe maluca é melhor não brincar). A mocinha olhou para mim e disse com sua voz de criança (afinal, ela é uma):

- Eu já vi esse produto num filme!

- Sério?

- Sério! Era uma mulher que tinha muito medo de bactérias. Ela passava isso o tempo todo nas mãos.

- Atá.

Terminada a conversa, tirei meu HP e Câmara Secreta da mochila e...

- Que livro é esse?

- Harry Potter e...

Ela tomou o livro das minhas mãos.

- Nossa, que bonitinho! (se referindo àquele pássaro vermelho da capa)

- KAKAKA (uma gargalhada de minha parte). É mesmo!

- Quem você é, aqui?

- A Hermione! (e apontei a ruivinha que se segurava em Harry na capa do livro)

- Nossa, tem cobra aqui. Credo!

- Onde?

- Aqui, olha (e apontou as cobras saindo de uma janela na ilustração)

- Ah, é!

A garota da qual ainda não sei o nome ficou com o livro nas mãos, admirando a capa. Nada de me devolver. Eu, impaciente, querendo terminar a leitura disse:

- Deixa eu terminar de ler. (e peguei o livro de suas mãos)

Abri o livro, coloquei o marcador de páginas no início e...

- Você têm medo de cobra? (e apontou novamente as cobras na pintura colorida da capa de HP)

- Ai, tenho! Muito! E você?

- Eu já segurei uma cobra. E um ratinho também.

- Ecaaaa! Um ratinho?

- Mas eram aqueles domésticos, não tem?!

- Atá! Aqueles são uma gracinha.

- É! [...] Mas quando eu tô com medo, eu oro. (se referindo ao meu medo das cobras, penso eu)

- É!

- Com Deus a gente se sente mais segura, né?!

- É!

- Porque Ele sempre vai proteger a gente.

- É!

[...]

- Porque você acredita em Deus? Porque seus pais falam que Ele existe?

- Também! Mas acredito porque um dia teve um sorteio na escola e eu pedi a Deus "Deus, por favor, me ajude a ganhar alguma coisa para a minha família!" E eu fui a primeira sorteada e ganhei uma Bíblia. Porque Deus só concede as coisas boas. Ele só concede uma coisa se for boa pra você. Mas, se você pedir pra uma pessoa morrer, ele não vai conceder. Porque isso é coisa do malvado lá de baixo. Não é coisa de Deus.

- [...]

- Ontem eu sonhei com os anjos.

- É?

- Aham! Minha mãe disse pra eu sonhar com os anjos e eu não sonhei essa noite. É que quando a gente sonha com os anjos não sonhamos com nada.

- Atá! Entendi.

Nessa hora eu já estava compenetrada na conversa. Guardei o livro e vidrei os olhos, os ouvidos e a mente na menina desconhecida, mas que falava com tanto amor de Deus. E o que mais me impressionava era a idade dela, falando desse jeito. Enquanto eu... Tão confusa aos meus 16.

Ela continuou:

- Quando a gente têm pesadelo é porque assistimos algum filme de terror. O pesadelo é coisa da nossa imaginação. Da nossa mente.

- Semana passada eu sonhei que estava morrendo. - Eu disse - Eu sonhei, acordei de madrugada, voltei a dormir e sonhei de novo. Outro sonho diferente. Mas nos dois eu estava morrendo.

- DUAS VEZES? - Disse-me com uma cara de assustada - CREDO!

- KAKAKA (uma gargalhada de minha parte). Duas vezes!

- Sabe, as vezes Deus entra nos nossos sonhos para mostrar uma coisa que vai acontecer.

- É?

- Aham! Como foi seu sonho?

- É... eu não lembro.

- Hummm. Cuidado, tá?!

- (risinho baixo) Eu sei!

- Você tinha que ler a Bíblia.

- Lá fala da Apocalipse. Fala que vai ter água, um monstro de sete cabeças... E só as pessoas boas vão ser salvas.

- Ai, eu tenho medo.

- Não se preocupa, não! Você boa.

- Será? [...]

- Eu não sei se eu sou boa. Não sei se eu vou ser salva.

- Nem eu... Porque as vezes eu duvido de Deus.

- Mas ele existe!!!

O ônibus parou. Levantamos e fomos andando para a porta. Ela já estava descendo as escadas quando virou e disse:

- Deus existe!!!

*Espero não ser mal interpretada. Não que eu não acredite em Deus. NÃO É ISSO! Só me questiono, as vezes, sabe?! Na verdade, as vezes eu desacredito. Não desacredito da existência dEle. Mas, as vezes, me questiono sobre o por que de algumas coisas. Duas das pessoas que eu mais amo tem uma fé que não se mede. Acreditam de todo o CORAÇÃO mesmo, sabe?! É como eles dizem: "Deus já tocou no nosso coração!" E por que não no meu? Peço, peço e peço... e nada! Ele não toca no meu coração. Sei que as coisas não serão do meu jeito e nem no meu tempo. Serão no tempo de Deus. Mas... era o que eu estava sentindo. Então, resolvi contar essa história que me fez refletir mais ainda. E sabe por que escrevi? Sabe por que questiono e, as vezes, desacredito? Porque não consigo ser daquele tipo que reza o Pai-Nosso todas as noites como uma obrigação. Não consigo ir a igreja só por obrigação. Porque quando me dei conta de que estava rezando o Pai-Nosso por obrigação, por medo... parei! Porque não é isso que Deus quer. O que Ele quer é coração. É fé de verdade. Não adianta só dizer: "Igreja é chato? É! Mas tem que ir, né?!" Como assiiiiim? Não tem que ir, não?! Se não for de coração, não tem que ir!

Senhor, quero senti-lo em minha vida. Quero senti-lo em meu coração.

Um sonho... nada mais.

Oi, amados. Estou revoltada. Bem, isso é só pra variar, né?! O que aconteceu? Aconteceu que eu tive uma ideia ma-ra-vi-lho-sa pra postar aqui e... ESQUECI!!!! Isso é frustrante. É isso que dá ficar com preguiça de levantar do conforto da cama pra anotar as ideias de última hora. Bem, agora já foi. Então, vim falar de uma coisa boa que me aconteceu. Uma bobagem, admito. Mas uma bobagem boa.

"Estava eu no twitter, quando @ClaudiaLeitte começou a trocar recadinhos com seus fãs enlouquecidos. Bem, eu, que não sou boba nem nada, entrei na onda das Claudinhetsss.

Comecei minha busca incansável por uma resposta do ídolo. Mas não era uma busca vã! Era, pelo menos pra mim, uma contribuição para a realização de um sonho. "@ClaudiaLeitte Eu canto, Claudinha! Por favor, assista o meu vídeo! (link do vídeo)" E assim foi, umas 30 vezes. Enviando e reenviando. Contando com a sorte. De repente: "Claudia Leitte: @tatimaisan Vou salvar o link e assistir, tá? Pera!" Ahhhhh, que felicidade sem tamanho eu fiquei. Gritaria dentro de casa, família gritando... Pura alegria. Depois disso ela respondeu: "Claudia Leitte: Tatiana Maisan, vi seu vídeo! Linda! Voz linda! Toda meiga você!"

Sabe, sei que isso foi uma coisa banal, que pode acontecer com qualquer um. E, acreditem, eu NÃO sou do tipo fã maluca que fica implorando um "oi" do ídolo. Curto de tudo e de todos, mas não são fanática e nem doente por ninguém. Me baseando nisso é que me pergunto: destino ou um mero acontecimento que veio pra confundir minha cabeça já confusa? As vezes penso que o meu sonho não é o sonho/propósito de Deus pra mim. Existem N motivos que me fazem pensar isso. Mas, por outro lado, eu penso: Entre 60.000 seguidores enlouquecidos falando ao mesmo tempo, me considero sortuda, no mínimo! Concordam? Pois é, acho que eu prefiro pensar assim. Pensar positivo! É preferível acreditar que foi um sinal, uma luz... Mas aí entram outras questões. Aí entram as caraminholas. "Acho que eu não tenho tanto talento assim!" ou coisas do tipo. Por que confiar e acreditar em nós mesmos as vezes é tão complicado? Por que nós não nascemos sabendo as respostas pra tudo? Por que não nascemos com o livro do nosso destino em nossas mãos para ser consultado sempre que as dúvidas resolvessem atacar? Por que? Que coisa complicada essa de sonhos... Uns dizem pra fazer a nossa parte e deixar o resto por conta do destino, da vontade de Deus. Mas e se essa não for a vontade de Deus? E se nós lutarmos a vida toda por um sonho e não conseguirmos realiza-lo? Frustrante!

P.S.: Follow me www.twitter.com/tatimaisan;

P.P.S: O vídeo que a Claudinha viu: http://www.youtube.com/watch?v=YTAHoX2BQXs

Tudo errado.

Cristina fazia tudo errado. Falava na hora errada. Sempre cumprimentava a pessoa errada nos aniversários em que ia como convidada da convidada. Gritava com todo mundo. Se estressava por tudo. Se achava a melhor. Não era a melhor. Pensava saber tudo. Não sabia nada. Discutia sem motivos. Perdia amigos. Queria ficar só, sempre. Reclamava da solidão. Dizia sentir falta dos amigos. Expulsava-os quando os mesmos se aproximavam. Cristina não sabia fazer amigos. Não sabia ser legal sem parecer estar "dando mole". Cristina não sabia o que era um substantivo composto. Se gabava como "A Jornalista". Ela não conseguia conservar uma amizade se quer. Não aceitava ser contrariada. Não admitia ser criticada. Criticava a todos. Queria sempre ser reconhecida. Não reconhecia o trabalho de ninguém. Cristina não conseguia ser simpática. Não tinha amigos. Não tinha ninguém.

Essa era Cristina: só, com suas amarguras.

Cristina não sabia fazer nada!

Cristina fazia tudo errado!

P.S.: ESTOU UM POUCO ATRASADA, QUERIDOS, MAS EM BREVE TRAREI UM TEXTO MEGAFOFO PRA VOCÊS! CORRESPONDENTE À DATA DE 23/08/2009. DATA SUPER ESPECIAL QUE NÃO PODE, DE FORMA ALGUMA, PASSAR EM BRANCO. BEM, O RESTO É SEGREDO. SE NÃO PERDE A GRAÇA, NÉ?! BEIJOS MIL PARA TODOS. TATI.

P.P.S.: EU SEI, EU SEI, ESSE TEXTO FICOU HORRÍVEL! NÃO SE PREOCUPEM, EM BREVE OS RECOMPENSAREI, OK, QUERIDOS?! BEIJOS MIL PARA TODOS. TATI.

Entrega, renúncia e dedicação.

"No final é você contra você mesmo. A vida é dura e ela bate forte, mas o que importa de verdade não é o quanto você bata...mas sim o quanto você apanha e consegue continuar de pé" [Texto da internet]

E quando você precisar? Com quem realmente vai poder contar? As vezes deixamos de lado pessoas que nos amam de verdade para dar importância a tantas outras que, na hora do "vamos ver", simplesmente caem fora. Quantas pessoas realmente se importam com você? Quantas pessoas realmente vão cumprir o "pode contar sempre!"? Quantas pessoas vão provar o verdadeiro amor que sentem na hora da dificuldade? E quantas vão nos provar que era tudo falsidade? Pode até ser cliché, mas é verdade: é na hora do "aperto" que descobrimos quem se importa verdadeiramente conosco. Pensam que amar é fácil? Não, meu caro! Não é! Amor de verdade é muito diferente de tudo que isso que vemos por aí, nos dias de hoje. As coisas mudaram. As pessoas só pensam em si mesmas, em seus próprios umbigos. O "eu te amo" foi banalizado. Como dizem as comunidades do Orkut: virou "bom dia!". As pessoas adooooram a nossa companhia... e o nosso sorriso! Agora experimenta chorar pra você ver. Experimenta sofrer. Todo o mundo sai correndo. Claro, não vamos generalizar. É lógico que existem pessoas que se preocupam de verdade conosco. Sempre tem. Mas pare, pense e conte quantas pessoas ficaram VERDADEIRAMENTE e TOTALMENTE do seu lado no momento em que você mais precisou. Dá pra contar nos dedos das mãos, né?! Pois é, é isso aí. É esse aí o mundo em que vivemos. Não quero dar uma de moralista ou coisa do tipo. Não quero fazer o gênero "supeeeer amiga". Não sou. Não mesmo. Claro que me preocupo com meus amigos. Gosto de ajudá-los, sabe?! E chegar a essa conclusão me faz um bem danado. Mas o motivo desse post não é dizer o quanto gosto de ajudar minhas amigas a estudar para as provas... e sim dizer uma coisa que está martelando na minha cabeça. Bem, hoje uma das pessoas mais importantes da minha vida disse uma coisa que doeu, mas é verídica: "Você só pensa em você mesma. Quando eu mais preciso você me deixa!" Eu assenti. E isso me dói. Nem eu consigo me entender. Sabe, eu sei o que devo fazer, mas, por algum motivo, não faço. Sei que já melhorei muito, mas o meu muito não é o bastante. Esse ser que me apunhalou o peito é tuuuudo na minha vida. Minha proteção, meu refúgio, meu alicerce, meu melhor amigo, meu amor, meu amante, meu defensor, meu pai, meu filho, meu irmão... meu tudo! O ser humano é realmente uma espécie muito estranha. Como eu posso ter tudo que preciso em uma pessoa e não saber recompensá-la como ela merece? Meu Deus, como? Isso me desespera. Será que eu sou tão sem coração assim? Eu AMO esse ser que me faz tão bem, mas não sei dar a ele o carinho que precisa. Uma pessoa tão frágil, tão carente, tão necessitada de mim... E ao mesmo tempo tão forte, tão completa, tão perfeita... Mas tão necessitada de mim. Necessitada do meu ser mais íntimo, do meu amor por inteiro, da minha dedicação total, do meu melhor sorriso... Necessitada de toda a minha atenção.

Sempre acreditei que não devemos esperar dos outros as mesmas atitude que teríamos no lugar deles. Afinal, cada um dá o que tem. Mas, com o tempo, em alguns casos, meu conceito foi mudando.

Para viver um grande amor é preciso muito mais que carinho, beijinhos e gostar da companhia do outro. É preciso muuuuita renúncia, entrega, dedicação... É preciso estar disposto a mudar muitos conceitos, enfim, não é fácil como parece. Assim como citei no post anterior: "Amizades não são tão fáceis quanto parecem. Exceto quando não se têm vontade de que seja eterno... quando não têm AMOR. Assim acontece em todos os relacionamentos afetivos. " Pois é, a verdade é essa. Amar não é fácil. Mais difícil ainda é se entregar de corpo e alma e fazer o impossível para que dê certo. As vezes não recebemos do outro o que esperávamos, as vezes não damos ao outro o que ele esperava de nós. Erramos. O erro é inevitável, somos humanos. Quando o desleixo é recíproco, vá; sofremos os dois. Mas e quando só uma das partes colabora para que seja eterno? O mais triste é assistir de camarote o sofrimento de quem amamos, e ainda por cima saber que a culpa é toda nossa. Não sei se é pior ou melhor (porque podemos ter esperança, pelo menos, de uma mudança), mas acontece que, as vezes, causamos o sofrimento alheio "sem querer". Mas isso é óbvio: jamais desejaria fazer quem amo sofrer. Muitas vezes somos c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e diferentes um do outro. Outros princípios, outros gostos, outras crenças, outra criação... E é aí que entra a entrega, a renúncia, a dedicação... Enfim...

Somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Nos completamos, eu sei. No final, a gente supera TUDO. O amor é maior, sempre.

P.S.: GENTEEEE, ME DESCULPEM PELA DEMORA. TANTA COISA PRA DIZER E É TÃO DIFÍCIL TRANSFORMAR EM ALGO QUE PRESTE NO PAPEL.

P.P.S.: BEM, ESSE TEXTO FOI ESCRITO A BASTAAAAANTE TEMPO ATRÁS MAS SÓ AGORA TIVE TEMPO E UM POUCO DE ÂNIMO PRA ESPANTAR E PREGUIÇA E POSTÁ-LO. AMO A TODOS. BEIJO GRANDE. TATI.

Amigos nunca dizem adeus.

"Amizades.... Tantas amizades começam e acabam, mas duvido muito que alguma delas não esteja pra sempre na memória de quem participou daqueles momentos que enquanto existiram tornaram-se inesquecíveis, eternos. Tantas amizades começam e acabam, mas nunca são ou serão consideradas desperdícios. Tantas amizades começam e acabam, mas quantas delas afinal foram reais? Se o carinho acabou é porque definitivamente não foi feito o que devia, não houve sinceridade nem lealdade naqueles momentos em que a amizade fora colocada a prova! E é isso que eu queria te fazer entender, não quero que algum dia você se esqueça de mim, pois eu tenho a mais absoluta certeza que eu vou ter sempre a necessidade de acreditar que nossa amizade foi sincera..." *

Amizades não são tão fáceis quanto parecem. Exceto quando não se tem vontade de que seja eterno... quando não se tem AMOR. Assim como em qualquer outra relação afetiva, a amizade precisa de determinados cuidados. Coisas das quais eu não sabia... até a vida esfregá-las em minha cara. Não é nada fácil manter uma amizade firme, pura e verdadeira por muitos anos. É preciso muito mais do que risadas, palavras de afeto (que nem sempre são verdadeiras) e momentos bons compartilhados. É necessário mais que juras de amor eterno e promessas de estar sempre por perto nos momentos difíceis (que, garanto, raramente são cumpridas). Tem que ter mais. Tem que ser mais. Amigos precisam engolir muitos "sapos" para continuar juntos. Precisam também engolir palavras. Muitas delas. As suas próprias. Difícil, não?! Sei bem como é. Logo eu que tenho a sinceridade saltando para fora. Logo eu que tenho a cabeça mais dura que uma pedra. Logo eu, orgulhosa como sou, tive que aprender na marra. Aliás, nem sei se aprendi. Sei o que devo fazer e quero fazê-lo, acho que dá um bom começo. Os amigos deviam falar na hora de falar, e calar na hora de calar. Mas, que engraçado, acontece exatamente o contrário. Falamos demais quando deveríamos ficar quietos e só escutar e ficamos sem fala quando deveríamos ter palavras de consolo na ponta da língua. Essa coisa de falar, para mim, é a mais complicada: temos que ter diálogo, temos que medir palavras, temos que consolar agora, ficar quietos imediatamente, ser sinceros sempre... hunnnf. Complicado, não?! Mas, pior que falar, é calar. Acho que o maior problema acontece quando acaba o diálogo. Os mal-entendidos começam aí. Muitas vezes vacilamos uns com os outros, claro, ninguém é perfeito. O problema é que acabamos, por inúmeros motivos, deixando de dizer aquilo que nos incomoda. No final, o que sobra daquela amizade bonita é uma pilha de coisas que ficaram por dizer. E, é óbvio, uma hora essas coisas vão acabar explodindo e aí... Bem, acho que uma das coisas primordiais para uma relação saudável é o diálogo. Amigos jamais tiram conclusões por si próprios, jamais acusam sem provas e jamais desconfiam. Doce ilusão, não?! Pois é, as coisas não são bem assim. Mas deveriam ser. Onde está aquela amizade? Onde está aquele amor? Ninguém sabe! Mas de uma coisa eu tenho certeza: alguma hora, não importa quando, alguém vai ter que ceder. Amizade é isso. E a hora é essa.

"Não te expulsei da minha vida, você saiu dela contra a minha vontade. E espero que volte rápido. Não sei o que está vivendo, pensando, sentindo... Não sei nem se alguma coisa no mundo pode amolecer seu coração de pedra. Mas de uma coisa eu sei, com toda certeza do mundo: ainda te amo muito e gostaria muito que você pudesse dizer o mesmo. Fica bem."

"Não há muito que eu não dividi com você, por onde andei. E o amanhã vai existir! Eu soube e ainda sei. De repente vejo aqui um caminho que eu não vi. Pra onde pode me levar, não me cabe perguntar. Quem está certo, quem errou. Quem partiu ou quem ficou. Todo o rio segue o leito. É o destino, eu aceito! Amigos nunca dizem adeus. Nunca dizem adeus."

(Maurício Manieri)

A carta.

"Inês chegou em casa tomada por uma dor constante no coração que, estranhamente, parecia querer saltar de seu peito. Correu em direção ao quarto e se jogou na cama. Ela lutava contra seus pensamentos mas os mesmos insistiam em tomá-la por inteiro. Iluminada por um facho de luz que atravessava o quarto escuro, ela pegou a carta no bolso da calça e a leu. De novo.

"-Inês, me perdoe. Não queria ser o causador da dor que, tenho consciência, causarei. Sabe, você tinha razão quando dizia que eu parecia estranho. É, realmente, aquele não era meu estado normal. Você sabe. Eu sei. E isso me dói. Se eu pudesse escolher... ah, se eu pudesse escolher escolheria o seu amor. Esse amor forte, acolhedor. Esse que, tenho certeza, estaria sempre pronto para me receber. Sempre. Onde sei que posso chorar e ser eu mesmo. Mas não mandamos em nosso coração, não é mesmo?! Sei que vai encontrar alguém que te faça tão feliz quanto eu gostaria de fazer. Mas não fiz. Acredite, isso tudo aconteceu à revelia de minha vontade. Porém, preferi ser sincero, honesto como dizia o 1º mandamento do nosso "regulamento do amor":

1- Seja honesto;

Me lembro como se fosse hoje o dia em que nos conhecemos. Você, sentada naquele banco da praça, lendo. Linda... Deixa isso pra lá. Não quero aumentar a dor.

Oh, Inês, não queria que fosse assim. Não queria que tudo acabasse assim.

Porque? Porque? - Sussurrava Inês, imersa na escuridão, não só do quarto, mas também de seu coração.

Você sabe, jamais partiria sem lhe dizer o verdadeiro motivo. Cumprindo nosso mandamento. Bem, a verdade: Conheci outra pessoa. Me perdoe. Não pude evitar. Não queria, mas... ela mexeu comigo.

De cinco em cinco minutos conheço pessoas que mexem comigo. Mas não preciso nem de dois segundos para saber quem eu realmente quero. - Agora eram gritos. Gritos de dor.

Me perdoe, Inês. É só o que te peço. Me perdoe.

Inês adormeceu apertando a carta contra seu peito que doía. Adormeceu na escuridão que a invadia por inteiro. Pra sempre."

Mudei. De novo.

Bem, gente, mudei o nome do blog de novo e, consequentemente, o endereço. Pela enézima vez. Mudei.

Do título: Veio de duas músicas lindas que eu adoro (Dom de se dar-Jammil/ Linha do Equador-Caetano Velozo).

"O amor é mãe, é pai de todas as riquezas; é o dom de se dar pra alguém." (Jammil)

"Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso, pra mim, é viver!" (Caetano)

Relativamente, as duas envolvem essa coisa de se entregar, sabe?! Se doar. De corpo e alma. E eu amo isso. Amo essa coisa de mergulhar de cabeça, sem pudor. Uns podem me chamar de inconsequente, irresponsável ou coisa do tipo. Não importa. Não sou. Fria e cauculista? Jamais! Sou humana, sabe?! Amo, sinto, choro, dou gargalhada, sofro, odeio, tenho raiva, tenho compaixão, perdoo e sou perdoada... enfim, vivo. Me doo de verdade e amo de verdade pessoas que não tem medo de se assumir e assumir o que sentem. Pessoas que se mostram sem máscaras. Pessoas de verdade. Tenho todos os defeitos de uma pessoa normal. Aliás, muito mais do que o que é normal, para mim. Tenho tantos defeitos que chego a pensar que não sou tão normal assim. Porém, apesar de qualquer coisa, não me escondo. Me mostro mesmo. Falo o que penso, muito mais do que deveria. Sou impulsiva mesmo. Dou minha cara a tapa mesmo. Me arrependo por isso constantemente. Porém, sou o que sou. Sempre.

"Já que sou, o jeito é ser..."

(Clarisse Lispector)

P.S.: MINHA PAIXÃO: http://www.youtube.com/watch?v

Retorno.

Geeeeeente, voltei! Bastante tempo longe, não é?! Pois é, me sinto na obrigação de dizer o motivo do abandono. Bem, acontece que depois da saga "Os amores de Liza" acabei ficando revoltada por não conseguir escrever mais capítulos. Juuuro! Tentei, tentei... e nada! Até de EMO me chamaram (ashuashua). Acontece que eu só conseguia escrever enquanto estava, vamos dizer, triste. Ou quando tinha algum objetivo. Dá pra entender? Depois que minha busca pela realização de certos objetivos terminou, parei de escrever. Isso me frustra bastante. Não sei, me sinto egoísta. Como se tivesse usado e depois jogado fora esse cantinho que eu amo tanto! Mas tudo bem, eu devo ter espírito de emo mesmo (ashuashua). Nada contra os emos, por favoooor! Só digo isso porque, as vezes, só consigo escrever textos românticos se estiver triste.

Mas vamos ao que interessa: eu voltei pra valer, galera. Mas mudei. Mudei meu estilo literário. Claro, não vou deixar de escrever meus textos melódicos quando isso me for necessário. Mas também não vou deixar de escrever por não conseguir pensar em nada romântico. Aliás, não penso mais isso, VIVO! (hehehe) Entenderam, né?! Estou muuuito feliz e apaixonadíssima pelo meu ex-atual-futuro namorado. Bem, pra vocês entenderem: nós namoramos, ficamos oito meses separados e voltamos há três meses. Quando é pra ser, não adianta... pode demorar o tempo que for, vai ser.

Agora, o blog será uma forma de expressar o que eu penso, sabe?! Se achar algo interessante com certeza irei compartilhar com vocês. Sabe aqueles dias que paramos para refletir sobre a fome, a pobreza, a superlotação, o desmatamento, o modo como agimos, as mudanças que queremos ver no mundo e em nós mesmos, e tal?! Então, vou postar. Vou postar literalmente o que eu penso.

Vamos lá, pra começar, venho lhes mostrar uma das minhas grandes paixões: a música. Meu primeiro festival. Foi no ano passado. Ganhei o segundo lugar. Espero que gostem. Deixem suas críticas, dicas, e tal. Vou adorar saber a opinião de vocês. Ah, só tem uma coisinha: não consegui postar o vídeo aqui. Então, vai o link mesmo:

http://www.youtube.com/watch?v=YTAHoX2BQXs&NR=1

Beijos no coração, galerinha.

"...Pois tudo aquilo que realmente é nosso, nunca se vai para sempre."

(Bob Marley)

Tu és minha luz;

"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho, quando tudo está perdido, sempre existe uma luz..."
(A via láctea - Legião Urbana)


...a minha luz, ela foi você! Ela é você! Mais uma vez, muito obrigada por me devolver a mim, por me devolver a minha vida!

Tu.

Te ver, te sentir, te olhar, te ter.
Pra mim, não há nada nesse mundo que se compare a sensação de saber és meu. Ter a segurança de que não tens olhos para outras moças é indescritivelmente perfeito. Saber que me amas acima de tudo e que não queres nada nesse nesse mundo que não seja ficar ao meu lado é reconfortante. Olhar em teus olhos e vê-los brilhar por me ver chegar me faz acreditar que esse amor nunca morreu no tempo em que pensamos isto. Sentir o teu toque, o teu cheiro... isso tudo é perfeito. Na verdade, tudo é perfeito estando ao lado de ti.

...Sem amor, eu nada seria!

"...É como se um buraco se abrisse em meu peito. O arrependimento me invade, a tristeza me corrói. Sinto-me um monstro. Um mostro que bateu, maltratou e trucidou a única pessoa que um dia conseguiu o ver não como fera mas sim como bela."

- (...) mas apesar de tudo, de todo o mal que te causei, continuas a querer-me?

- Sim! Continuo! - Respondeu ele com firmeza - e certeza - na voz.

- Não compreendo... - Disse ela baixando a cabeça. - Por que? Por que não tens ódio de mim?

Um breve silêncio inundou o quarto azul e cheiroso dele.

- Não desisti de ti e não desistirei. - Disse ele fitando-a.

Ela suspirou e o olhou incrédula.

- Mas... - Disse ela sendo interrompida por ele.:

- Eu te amo! Te amo com todas as minhas forças. Sabe, com você senti coisas que nunca havia sentido com outro alguém. Mesmo depois de tudo... - Ele fez uma pausa e encarou os olhos castanhos e marejados dela. - continuo te amando da mesma forma.

"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..."

A última frase saiu como um jato da boca dele.

...

Ela caiu aos prantos em seus braços macios e ali ficou por longos minutos. Ele afagou seus cabelos e... chorou com ela.

- Eu te amo! - Disse ela ainda chorando.

- Mais que minha própria vida. - Respondeu ele.

Ele secou a última lágrima que estava a cair da face dela e selou aquele momento - e aquele amor - com um beijo.

E existe razão nas coisas feitas pelo coração?!

"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?"
(Legião Urbana - Eduardo e Mônica)

Amanda: nós permanecemos separados por uma muralha criada por nós mesmos. Olhares enrustidos, palavras que desejam ser ditas... Ele sempre soube o que queria em relação a mim. Já eu... digo que não, mas sei que no fundo sinto algo em relação a ele. Não sei ao certo. Amizade? Carinho? Gratidão?... Ou amor? Mas de uma coisa eu tenho certeza: meu coração dispara quando o vejo. Sabe, quando ele me toca sinto um arrepio me entorpecer o corpo, a alma e o coração. Aliás, o coração não, porque esse dispara numa sequência de batidas desesperadas. Não o vejo mais simplesmente como um garoto irresponsável que procura em mim as respostas e soluções de todos os seus problemas e se torna em minha vida um grande problema. O vejo como um porto-seguro - forma que nunca imaginei vê-lo. Seus braços - ainda na condição de ombro amigo - me são como um abrigo, uma proteção. Suas palavras então, são meu amparo. São sempre aquilo que não quero ouvir, são sempre aquilo que me faz perder a paciência... e a razão! Ah, suas palavras... acho que são o que mais amo e odeio nele ao mesmo tempo. Nunca imaginei que pudesse receber uma lição sequer que tivesse saído daquela boca - e que boca, e que sorriso. Palavras estas que me fazem mal ao ego, mas um bem imensurável ao coração. Ele é perfeito em todos os aspectos. Sabe, eu gosto do seu andar estranho. Gosto quando ele para tudo só pra me olhar. Eu gosto de ver seus olhos se fechando em marcas de expressão quando ele sorri. Gosto do (dês)interesse dele nos meus casos e acasos cotidianos. Gosto quando seus dedos deslizam devagar sobre minha pele, arrepiando-a. Gosto quando me olha fingindo não olhar, ah, eu gosto disso. Gosto quando nos encaramos até gargalhar. Gosto quando ele conta suas piadas (sem)graça. Gosto quando ele finge ir embora e eu finjo acreditar. Gosto quando ele volta dessa brincadeira e caímos na gargalhada. Gosto quando suas mãos deslizam pelo meu cabelo. Gosto do cuidado dele comigo, do carinho, da preocupação, da atenção... Ah, eu gosto dele.

Clara: Mas se é tanto amor, por que vocês não ficam juntos, afinal?

Amanda: Não sei! - Respondeu, com semblante entristecido.

...E uma lágrima foi derramada.

Do brilho que reluz de seus olhos azuis.

Ela estava a limpar a cozinha quando ouviu um ruído de motor. Saiu em direção a varanda e o viu pela primeira vez. Ele desceu da moto e tirou o capacete balançando os cabelos longos e húmidos*. Por um instante o mundo parou a sua volta. Ela tentava disfarçar seu entusiasmo. Ele se apresentou, seu nome era Fernando e estava a acompanhar o primo dela que chegou logo após. Os olhos azuis dele eram carregados de uma paz, uma tranquilidade que imediatamente fora transmitida para os dela. Durante o dia a convivência ia ficando cada vez mais difícil. Ela precisava se controlar para não ceder aos seus próprios instintos e vontades. Ele estava sentado na grama do jardim encostado numa palmeira. Ela o observava atentamente pela janela de madeira azul de seu quarto enquanto ele tocava romances em seu violão . Numa fração de segundos ele olhou para trás abrindo um sorriso simpático que a fez derreter.


- Conhece esta música? - Perguntou ele.
- Ah, eu amo essa música. - Respondeu ela animada e envergonhada.
- Então vem, senta aqui comigo.

Ambos observavam os acordes do violão feitos por ele. Ele levantou lentamente seus olhos azuis e a observou. Ela fez o mesmo, o fitou. E um suspiro foi solto no ar.

Deveria mesmo ser assim?

"Foi estranho te ver novamente e saber que não existe mais nada entre nós. No começo, senti raiva e achei tudo uma grande idiotice. Por que você estava lá? Por que você não entrou na porta ao lado? Por que teve que entrar logo na mesma que eu? Por que? Você deveria mesmo estar sentado naquela cadeira? E eu, deveria mesmo estar lá, tão perto de você? Por que isso tudo? Você não deveria estar lá, e nem eu. Não juntos. Aos poucos a raiva foi saindo de mim e meus olhos se permitiram. Eles se permitiram olhar para você. Por que você tem que ser tão bonito? Não, aquele amor de antes não mora mas em mim. Será? Estranho, não?! Por que... o seu amor, permanece inabalável. Achei que dentro daquele ambiente em que estávamos continuaria firme a muralha que existia entre nós. Engano meu! Você chegou e acabou com toda minha armadura. Você a fez desmoronar. Mas tudo bem, quer saber de uma coisa? Diferente do que eu pensava, meu coração se fez feliz naquele momento. No momento em que nosso olhos se encontraram mais uma vez. E nossas vozes também."

Os amores de Liza. (Capítulo 05)

Sábado. 07:00 da manhã.

"Liza acordou, engoliu rapidamente uma barra de cereais, pegou a bicicleta e pedalou rumo a praia. Depois de meia hora de pedalada ela resolveu descansar. Estendeu sua canga florida na areia, colocou a bicicleta no chão, deitou de bruços e abriu um de seus livros prediletos. Depois de algumas horas de leitura...

- Oi! - Liza levantou os olhos e...

- Fred? - Perguntou Liza surpresa. (Fred, o primo! Sim, é ele minha gente!)

- Eu! - Fred deu um sorriso - Por que o espanto?

- É que... É que... - Liza não conseguia falar, tamanha a felicidade em vê-lo. - É que eu não esperava te encontrar aqui. Você não devia estar em Triunfo com a Tia Fê?

- Devia! Mas eu preciso resolver uma coisa aqui na cidade.

- A sim. Então o que você está fazendo na praia? Devia estar resolvendo suas coisas. - Liza pensou: aposto que ele não tem nada pra resolver. Deve ter marcado encontro com alguma menina. Droga! Ele nunca vai me notar mesmo!

- Que tal nós darmos uma volta?

- E.. eu e... eu e você? - Gaguejou Liza mais do que surpresa.

- Sim! Eu e você! Por que? Algum problema?

- Mas...

- Mas o que? Dois primos não podem caminhar juntos?

- P... podem! Vamos! - Liza abriu um sorriso.

Fred estendeu a mão para ajudar Liza a se levantar. Ela abriu um sorriso envergonhado. Os olhos de Liza brilhavam de felicidade. Os dois pegaram as bicicletas e saíram sem rumo pela ciclovia. Liza já não reconhecia mais a estrada.

- Fred, onde estamos indo?

- Só me segue.

- Mas Fred... - Fred interrompeu sua fala soltando uma das mãos da bicicleta e pegando na mão de Liza. Ela estremeceu.

Os dois continuaram pedalando rumo a algum lugar que Liza desconhecia. Ela só conseguia, além de pedalar, olhar para os cabelos quase loiros de Fred que balançavam com o vento. Fred era encantadoramente lindo. Liza só podia pensar em uma coisa: O que será que vai acontecer? Será que ele vai me beijar? Será que ele vai se declarar? Será que...

Os pensamentos de Liza foram interrompidos pela voz rouca de Fred:

- Chegamos! - Fred deu um sorriso e encarou os olhos cor de folhas verdes de Liza.

Liza só olhou para ele e desceu da bicicleta. Fred estacionou sua bicicleta encostando-a em uma árvore e fez o mesmo com a de Liza, encostando-a ao lado da bicicleta dele.

Fred saiu andando na frente...

- Fred, onde você vai? Me espera!

Liza deu uma corridinha atrapalhada para alcança-lo.

Ele se sentou em um banco de madeira pintado de branco que tinha um ar incrivelmente romântico. Liza fez o mesmo. O olhar dos dois se cruzou e assim ficaram, se olhando, por alguns poucos minutos. Sim, poucos, porque rapidamente Fred interrompeu esse momento...

- Liza...

- Hum? - Perguntou Liza com o coração estranhamente disparado. Ela tentava fazer com que Fred não ouvisse as batidas exageradas do seu coração.

Fred levantou lentamente a mão e tocou a mão de Liza segurando-a.

- Olha Liza, eu já sei que... que você gosta de mim.

- Eu? - Disse Liza tentando disfarçar. - Claro que não Fred! - Liza soltou as mãos da mão de Fred tentando concentrar seus olhos no chão.

- Liza...

Liza o interrompeu irritada:

- Fred, você é meu primo! Eu não poderia gostar de você! E não gosto! - Ela demonstrava irritação.

- Eu sei que você gosta Liza e eu... - A voz de Fred parecia estranhamente calma. Tão calma a ponto de irritar Liza que estava exageradamente nervosa.

- Liza, - Continuou Fred - eu te trouxe aqui pra te dizer que... que eu já sou apaixonado por você a muito tempo. - Essa última parte saiu como um jato da boca de Fred.

Liza ficou imóvel e sem respiração! Ela precisou de alguns longos minutos para se recompor. Seu coração não disparou, ao contrário, parou de bater! E suas mãos não tremiam, se batiam. Depois de um bom tempo...

- M.. ma... mas Fred... - Ela gaguejou.

Fred interrompeu o jato que, ele sabia, que sairia da boca de Liza com...

um beijo."

"Todo carnaval tem seu fim!

É o fim...

É o fim...

É o...

Fim da história!"